sexta-feira, 29 de abril de 2016

OFICIAL: Juventus compra Lemina

Lemina é bianconero!

A Juventus anunciou a pouco a compra do volante francês Mario Lemina.

Lemina, que estava emprestado pelo Marselha até o final da temporada, foi comprado à título definitivo por 9,5 milhões de euros pagáveis em 4 parcelas.

O contrato de empréstimo previa a opção de compra do jogador, opção essa que expirava na data de hoje.

O jovem de 22 anos assina contrato com a Juve até junho de 2020.

Lemina participou de 11 jogos da Serie A nessa temporada tendo marcado 2 gols.

Os verdadeiros pentacampeões!

Lenda bianconera

Oito jogadores do atual elenco participaram dos cinco títulos em sequência da Juventus.

São eles: Gianluigi Buffon, Andrea Barzagli, Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci, Martin Caceres, Stephan Lichtsteiner, Claudio Marchisio e Simone Padoin.

Buffon, Chiellini e Marchisio vão além, são remanescentes do calvário da Serie B. Da B ao Penta, verdadeiras bandeiras bianconeras.

Buffon soma nove (9!!!) títulos da Serie A italiana, um recordista.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Remédio para a alma





Por Henrique M.

Isso(a derrota) machuca minha alma!”, foram essas palavras que Gianluigi Buffon descreveu como se sentia no dia 28 de outubro de 2015, quando a Sassuolo havia vencido a Juventus por 2 x 1, deixando a equipe em 12º lugar, 11 pontos da então líder Roma, sendo esse um dos piores inícios de temporada da Juventus em muitos anos. Nem nos tenebrosos anos pós-Série B a equipe começou tão mal assim.

Chega a ser poético que nos minutos finais da partida de domingo diante da Fiorentina, o mesmo Gianluigi Buffon, que a cada temporada apenas aumenta o tamanho de uma carreira extraterrestre, tenha defendido o pênalti e o rebote da cobrança de Kalinic. Um jogo decisivo para que a Juventus pudesse ter comemorado o título na segunda-feira, com a vitória da Roma por 1 x 0 sobre o Napoli.


E depois de tudo isso que ocorreu nessa temporada, ainda temos que escutar comentarista futebolístico falando que a Juventus não é lá grandes coisas. Talvez não seja lá grandes coisas ser pentacampeão italiano pela segunda vez na história, talvez não seja lá grandes coisas estar invicto a 25 rodadas, tendo conquistado 73 dos 75 pontos em jogo. Acho que o mais correto é dizer que esse comentarista futebolístico que não é lá grandes coisas.

Mas não é apenas o fato de ter sido pentacampeão pela segunda vez na história da Serie A que torna o 5º scudetto consecutivo mais valioso que a temporada invicta e a temporada em que a equipe ultrapassou os 100 pontos na tabela de classificação. A conquista dessa temporada é muito maior.

A equipe foi obrigada a se reconstruir após a grande campanha da temporada passada, após perder 3 pilares de sua equipe. Andrea Pirlo, Carlos Tévez e Arturo Vidal foram ausências sentidas de maneira brutal no começo de uma temporada em que ainda tínhamos que conviver com uma série de lesões que dificultavam cada vez mais uma reviravolta na sorte juventina. Além disso, nunca na história da equipe ela havia perdido os 2 jogos de abertura do campeonato italiano. Mas isso só torna o feito ainda maior.

É a primeira vez que uma equipe é pentacampeã na história do futebol italiano por duas vezes, e vale lembrar que uma das equipes que já conquistaram esse feito (ser pentacampeão) tiveram ajuda dos tribunais, porque no campo foram apenas tetra. Também foi a primeira vez que uma equipe conquistou o italiano após perder os 2 primeiros jogos e também foi a primeira vez que uma equipe com a posição da Juventus após 10 rodadas também levantou o scudetto. Também foi a primeira vez em 11 anos que o campeão de inverno não levantou a taça e também foi a primeira vez que uma equipe que tinha 39 pontos ao final do primeiro turno se sagrou campeã.

Como podem ver a 5ª vez foi repleta de primeiras vezes, foi repleta de quebras de paradigmas, tabu e performances. Um scudetto único por diversas maneiras e mesmo que na Itália digam que 1 scudetto de outra equipe vale por 10 da Juventus, hoje já temos mais conquistas que os dois rivais de Milão somados, seja pela justiça do campo ou pela justiça dois tribunais. Se as coisas continuarem assim, daqui uns anos realmente cada título de outras equipes realmente valerão 10 da Juventus. E ainda temos que escutar que a equipe não é lá grandes coisas.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

#24

Henrique M.


Poderia escolher uma grande número de temas para falar hoje: a homenagem da torcida bianconera a Gianluigi Buffon por ter batido o recorde de minutos sem tomar gols da Serie A, o fato de Morata achar que vai repetir a jogada do segundo gol do Bayern toda vez que arranca com a bola, qual Pogba que acaba de receber a bola, se é aquele que vai fazer sensacionalmente o simples ou se bisonhamente o sensacional e também o amor de Simone Zaza pelos cartões amarelos.
Porém decidi falar sobre o camisa 24, Daniele Rugani, que enfrentava seu ex-clube e substituía Leonardo Bonucci, lesionado no último amistoso da seleção italiana. Quanto ao jogo, não tem muito o que se falar, uma boa e velha atuação da escola Juventus de futebol, não joga bem e nem mal, não se esforça muito e nem se esforça pouco, não brilha, mas também não passa aperto. Faz o mínimo e se resguarda, se aparecerem mais gols ótimos, se não, os 3 pontos virão do mesmo jeito.
Antes do jogo de hoje, Rugani somava 743 minutos divididos em 10 partidas pelo Italiano (531 minutos), 2 pela Coppa (210 minutos) e 1 pela Champions League (2 minutos). Hoje ele adicionou sua 11ª partida e mais 90 minutos jogados a sua temporada. Uma marca expressiva para um jogador que até pouco tempo (meados de outubro e novembro) usava seu agente para reclamar da falta de oportunidades.
Já havia elogiado a crescente que o jogador se encontrava na partida diante do Sassuolo, no meu primeiro texto publicado aqui, e como resolvi me abster de escrever textos da Juventus após o ocorrido em Munique para não misturar observação e razão com sentimentos e pelo fato de não termos tido jogos após a goleada diante do rival citadino.
Rugani vai completar 22 anos ao término dessa temporada, assim como Bonnie vai completar 29 anos. Existem 7 anos separando os dois zagueiros, mas algo em comum na carreira de ambos pela squadra. Bonucci antes de se tornar um dos zagueiros mais importantes do futebol europeu, era um jogador inconstante, que alternava exibições dignas das suas melhores da atualidade, com as piores exibições do mundo. Justamente, era apelidado de Sedex pelos torcedores juventinos tupiniquins.
Rugani também não começou muito bem sua carreira, mas com tempo de jogo, foi afastando a desconfiança e vai se mostrando opção interessante para substituir o trio de ferro da defesa. Chiellini, Barzagli e Bonucci são três dos melhores zagueiros da Europa, mesmo sem 10% da grife de jogadores da mesma posição, que são infinitamente inferiores aos supracitados.
Porém, o que chamou a atenção quanto ao camisa 24 não foi a crescente em suas atuações ou o aumento da confiança do mister Allegri no mesmo. Me impressiona a frieza e tranquilidade que o jogador tem com as bolas nos pés, além da vitalidade e capacidade física para acompanhar atacantes e recompor defensivamente.
Rugani não é um zagueiro limitado tecnicamente, que não tem consciência técnica para realizar jogadas mais ousadas, como cortar atacantes com tranquilidade e iniciar jogadas curtas e rápidas, ao invés do tradicional bicão para frente.
Barzagli foi deslocado para o centro da zaga, para ocupar o posto de Bonucci. Não existe um zagueiro no futebol mundial que tenha a mesma capacidade de Bonucci com as bolas nos pés, é um jogador extremamente técnico, capaz de articular e iniciar construções de jogadas a partir do campo defensivo da Velha Senhora. A qualidade de Bonucci nesse quesito é tanta, que a imprensa europeia e italiana, já chegou a postular a ideia de que o jogador fosse adiantado para a posição de volante e testado como regista para suprir a saída de Andrea Pirlo. Ainda bem que o nosso treinador não deu ouvidos a essa ideia e Bonucci vem se mostrando cada vez mais e mais uma importante peça para a solidez defensiva de uma das melhores defesas do Velho Continente.
Obviamente que Barzagli não funcionou como Bonnie no centro da zaga, mas não foi por falta de tentar, por diversas vezes, Barzagli tentou jogadas que Bonucci costumeiramente realiza durante as partidas, mas enquanto Barzagli é um monstro defensivamente, não tem a mesma técnica, visão de jogo e capacidade com a bola nos pés que o compatriota.
E é aí que Rugani pode se mostrar ainda mais interessante para a Juventus. Bonucci, desde a temporada passada, é nome forte em toda a janela e desejado por todos os grandes clubes do mundo, inclusive Guardiola elogiou o jogador nos confrontos pela Champions League e fala-se que ele é uma das prioridades do espanhol no comando do Manchester City.
Eu se fosse treinador da Juventus, falaria para o Bonucci acompanhar o garoto e passar algumas dicas de como maximizar a sua técnica e frieza em um jogador capaz de trabalhar dinamicamente com a bola e se tornar um complemento ao estilo de jogos de seus companheiros e uma sombra para o próprio Bonnie.
Bonucci diz que está feliz em Turim e já cansou de declarar seu amor pela equipe, porém, Vidal também cansou de fazer o mesmo e já cuspiu no prato que comeu no novo clube. É acreditar que Bonucci não seja capaz desse mesmo tipo de atitude, mas se precaver em caso de uma saída, pois Rugani tem toda a qualidade técnica para exercer as mesmas funções que Leonardo Bonucci realiza no coração da defesa bianconera.